Na contramão de muitos setores da economia brasileira, o mercado imobiliário teve grande crescimento durante a pandemia no país.
Apesar de uma pequena desaceleração no começo de 2020, os números começaram a se recuperar a partir do fim do segundo trimestre e não param de subir.
De julho de 2020 a junho deste ano, 237.157 casas e apartamentos novos foram vendidos no Brasil, 23% a mais que nos 12 meses anteriores.
Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Mas você sabe por que o mercado imobiliário brasileiro “bombou” dessa forma durante a pandemia? Falamos sobre isso a seguir!
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O que fez as vendas aumentarem?
Para especialistas, são várias as razões que explicam esse aquecimento do setor de imóveis. A primeira delas foi a alta disponibilidade de crédito.
Só nos primeiros 8 meses de 2021, o montante financiado com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foi de R$ 136,84 bilhões.
O número é 107,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Já no acumulado de 12 meses, de setembro de 2020 a agosto de 2021, foram contratados R$ 194,92 bilhões, o dobro do período anterior.
Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP).
Além disso, os juros baixos também incentivaram um maior lançamento de empreendimentos, atraindo compradores e investidores.
Eles viram na aquisição de imóveis uma alternativa com maior rendimento e segurança do que outros tipos de aplicações.
Por fim, o isolamento fez com que muitas pessoas repensassem sua relação com o próprio lar, buscando por imóveis que atendessem melhor suas necessidades.
Quem está comprando?
Apesar da grande atratividade que o mercado de imóveis apresenta para os investidores, a grande maioria ainda compra com o propósito de morar.
No segundo trimestre de 2021, 61% das pessoas que adquiriram imóveis têm a moradia como finalidade, em contraste aos 39% que objetivam o investimento.
Os números são da pesquisa Raio-X realizada pela FipeZAP.
Qual é o futuro do mercado imobiliário em um mundo pós-pandemia?
É importante notar que o mercado imobiliário sofreu grandes mudanças e avanços no período da pandemia, especialmente na digitalização.
Pessoas que compraram imóveis no Brasil afirmam que, entre as medidas mais utilizadas para encontrar um novo imóvel, estavam:
- Visualização de fotos profissionais;
- Busca pelo endereço completo;
- Uso de filtros para encontrar o imóvel perfeito.
Os dados são da 4ª rodada da Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro, realizada pela DataZAP+.
Em um mundo pós-pandemia, os profissionais envolvidos na venda de imóveis acreditam que a transformação tecnológica desse mercado veio para ficar.
Para 67% deles, o uso de fotos profissionais é uma tendência que deve se manter. Outros 64% seguirão oferecendo um portfólio virtual de seus imóveis.
Além disso, mais da metade (53%) continuará realizando videochamadas e assinatura digital de contratos de venda.
Ainda é uma boa hora para comprar um imóvel no país?
Apesar do aumento de preço dos imóveis registrado nos últimos meses, os juros do crédito habitacional seguem nos menores patamares da história.
Após alguns aumentos desde março, a taxa básica de juros, Selic, encontra-se em 6,25%.
O índice ainda é considerado atraente para o mercado imobiliário, bem abaixo dos 14,25% de 2015, no início da recessão econômica.
Mesmo que os juros sigam aumentando, especialistas afirmam que levarão alguns meses para que isso se reflita no mercado imobiliário.
Portanto, ainda é uma boa hora para aproveitar o crédito imobiliário em alta e comprar imóvel no país, especialmente se você já sabe o que quer.
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